terça-feira, 20 de setembro de 2011

Reflexões sobre o caos do trânsito ludoviscence

Certa vez, ouvi uma discussão entre um motorista de uma empresa de ônibus e um estudante universitário sobre os engarrafamentos da ilha, de um lado o motorista afirmava que a má formação dos condutores era a causa desta mazela, e por outro o estudante havia dito que toda uma série de fatores causava isto, bem ao observar tal discussão, me pus em reflexões a respeito deste problema seríssimo e resolvi compartilhar no blog deste meu ponto de vista.

Nós sabemos que a um bom tempo atrás, fala-se em dez anos, não convivíamos com este caos urbano presenciado hoje na capital do estado, de fato, este problema consiste em uma série de fatores que serão abordados nos parágrafos seguintes. Podemos afirmar também que tudo isso é uma consequência do crescimento populacional e dos investimentos que chegam até a ilha, trazendo gente de todo o canto do Brasil e que de fato não é acompanhado pelo crescimento e expansão das vias urbanas.


Começa-se simplesmente da parte física e depois entramos na abordagem social, a primeira pergunta é: essa camada asfáltica é adequada? Bem como todos bons observadores sabemos que não, como diria algumas piadinhas que rolam no facebook: “São Luís é uma cidade multicultural, tem... e se parece com a Lua, de tanto buraco.” Talvez possamos pensar que boa parte desses impostos destinados ao asfaltamento das ruas seja desviada e resulte na compra de uma péssima matéria-prima para implantação do asfalto, a consequência disto mais tarde são verdadeiras crateras que tão somente atrasam o trânsito como causam prejuízos financeiros aos condutores de veículos, bem só aí já temos um fator da lentidão e consequentemente dos engarrafamentos no tráfego ludoviscence.


E a quantidade de semáforos? É adequada? Todos funcionam perfeitamente? Ou será que essa quantidade é tão exagerada a ponto de ainda mais causar engarrafamentos? Bem essa questão necessita de todo um estudo mais aprofundado, mas na minha opinião, o exagero de tantos sinais em algumas das principais vias da cidade é o que causa ainda mais a lentidão do tráfego, se é que essa cidade tenha engenheiros de trânsito, é necessário que se dê uma atenção redobrada a este fator.



São Luís tem uma das maiores frotas de carros novos do país, discutiremos isso em um parágrafo mais a frente, mas não podemos deixar de falar que aqui também temos as chamadas latas-velhas, veículos sucateados que ainda persistem em transitar nas vias públicas e uma vez ou outra acabam dando prego causando enormes congestionamentos. E os guardas de trânsito? Realmente estão preparados para este caos nas avenidas? Bem, como opinador, creio que não, é preciso que se veja uma forma de avaliá-los melhor para que então entrem no mercado de trabalho, que a prova do concurso possa ser mais bem elaborada e que passem por mais etapas e etapas de treinamento, afim de que possam aplicar melhores soluções para a organização e o descongestionamento do trânsito ludoviscence.


Dentre os diversos fatores da lentidão do tráfego de veículos, podemos destacar ainda os investimentos da ilha, como a construção do Píer IV, da termoelétrica do Eike, do crescimento do setor da construção civil, entre outros, alavancando assim absurdamente o número de automóveis na cidade, e posteriormente o entupimento das vias públicas nos horários de pico.


Já surge há algum tempo na ilha, a cultura de que “carro” significa o símbolo máximo de poder e status social, ou seja, muitas pessoas tornam o “carro” como sua prioridade em investimentos e deixam até se de alimentarem se for possível para realizar a compra deste bem de consumo, o que traz as consequências já conhecidas, não é a toa que São Luís ocupa os primeiros lugares no ranking de novas habilitações e na compra de “carros novos”.


Ainda há de lembrar uma das questões chave deste processo, a formação na Auto-Escola, será que o condutor ludoviscence freqüentou assiduamente as aulas teóricas? As Auto-Escolas estão realmente oferecendo suporte aos seus alunos? Bem essa é uma questão de fiscalização, como sabemos o condutor ludoviscence, em sua maioria, não participa mais das aulas teóricas, pra ele e pra instituição basta somente assinar a impressão digital no horário estipulado e tudo se torna mais fácil, assim como a prova do DETRAN que deixa a desejar e contribui para essa cultura, cultura essa que mais tarde causará danos ao trânsito, saturado de péssimos e antiéticos motoristas.


Bem, aqui foram somente algumas das minhas reflexões para este caos presenciado hoje em nossa ilha, é claro que é uma questão aberta e ainda tem muito a se discutir, por fim, é necessária a educação do lar, a educação da família, que de fato, dá toda a base moral e ética aos condutores e os leva a praticar os bons atos quando estão em vias públicas, é necessário também que, pelo outro lado, o gestor municipal atenda as necessidades de um bom planejamento das vias e da recuperação das mesmas, tomando medidas sócio-educativas juntamente a preservação do meio ambiente afim de que possamos ter um trânsito mais descongestionado e tranqüilo.

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Estratégias do Sisu 2011 - Enem!


          Já parece está no calendário, a data em que vestibulandos passam a sofrer com o sistema incompetente do MEC, o SISU, mas aqui vão dicas de como ser estrategista em tal, e ter a felicidade de passar para o curso que almeja. Lembrando que o texto abaixo não é meu, mas de um colunista da IG, Mateus Prado, formado em Sociologia e Políticas Públicas da USP, cujo presta assessoria ao ENEM. Segue o texto:


Saber usar o SISU pode fazer a diferença para entrar na faculdade!

Com sistema mais estável, cresce o dilema entre fazer inscrição no curso preferido ou no que tem nota para entrar.

Depois de muita confusão, o SiSU parece começar a se estabilizar. As notas de corte começam a ficar maiores, bem próximas do que serão após seu fechamento, na noite do dia 20. Alguns candidatos já perdem as esperanças de serem aprovados no curso dos sonhos e vivem o dilema entre deixar sua inscrição na opção preferida ou fazê-la em uma graduação para qual têm nota pra passar. Outros simplesmente passam por todas as notas de corte, até encontrar um lugar onde sua nota pode garantir uma vaga. Quando pode.

O aluno que hoje tem nota para passar em algum curso, ou nota muito próxima, precisa pensar bem suas estratégias para amanhã. Saber usar o SISU poderá ser a diferença entre entrar, ou não, no ensino superior público. Já na segunda chamada, mais de 30% das vagas estarão novamente à disposição e, desta vez, com nota de corte menor. No ano passado, quando o SiSU ofereceu menos vagas no primeiro semestre (cerca de 48 mil, contra as 83 mil atuais), quase 50% de quem passou na primeira chamada não apareceu para fazer sua inscrição. Depois das várias chamadas e da lista de espera, ainda sobraram mais de 7 mil vagas. Teremos este ano três chamadas e o aluno que declarar interesse poderá participar delas.

Acompanhe o raciocínio: preocupada em garantir uma vaga, grande parte dos alunos que não possuía nota suficiente para seu curso de preferência vai se inscrever em outras opções. Por exemplo, se um aluno quiser fazer direito, mas não tiver média suficiente e visualizar isso no sistema, pode mudar o curso e optar por fazer pedagogia ou ciências sociais, nos quais sua nota é suficiente. Outros candidatos que se inscreveram em cursos fora do seu Estado poderão não ter interesse em morar longe de casa. No ano passado, só 20% dos inscritos foram para uma faculdade em um Estado diferente do seu.

           Nos dois casos, algumas pessoas que tiveram notas razoáveis no Enem simplesmente entraram na disputa por uma vaga para ver se podiam ser aprovadas. Vão encontrar seu nome na lista de aprovados, mostrar para os amigos, familiares e nada mais. Somam-se a isso as universidades públicas que não selecionam pelo sistema e divulgarão sua lista nos próximos dias. Quem, por exemplo, for aprovado na USP e em algum curso do sistema de seleção pode optar pela estadual paulista. A mesma coisa vale pra quem entrar na UFMG, na UFRGS, na UFJF, na UFSC, na UFTM, na UFV, na UFRJ pelo vestibular, na UERJ, na UFS, no PROUNI, entre tantas outras opções.

            Também tem a questão de os alunos poderem concorrer, simultaneamente, a duas vagas no SISU. Isto distorce completamente a nota de corte e deixa os alunos sem parâmetros para comparação. Um aluno de nota alta que quer Medicina provavelmente se inscreveu em duas opções em que terá nota pra ser chamado, mas só será chamado em uma. Alguns alunos hoje passam só em seu curso de segunda opção, mas quando o sistema fechar, muitas pessoas podem ter como segunda opção o curso que ele quer como primeira. Automaticamente estes alunos saem desta lista de chamada, a nota de corte cai e este aluno melhora sua posição na classificação.

             O raciocínio é um pouco difícil de entender, mas vamos com um exemplo mais claro. O curso de Medicina oferece cerca de 1300 vagas no SISU. A grosso modo, podemos dizer que os 650 alunos com as melhores notas, dos que querem Medicina, se inscreveram em duas opções e podem estar classificados nas duas. Na hora de se inscrever, cada candidato é considerado, para critérios de classificação, como se ele fosse duas pessoas distintas. Na hora que sair a lista de chamados, ele será uma só. Não pode um aluno cursar Medicina em Pelotas e na Faculdade de Saúde do Rio Grande do Sul ao mesmo tempo, mas hoje ele pode concorrer aos dois.

            O resultado de tudo isto é que os candidatos ainda terão muitas chances de entrar em uma Federal. Mas será necessário muita atenção e paciência, por que as notas de corte atuais são péssimos, porém os únicos, parâmetros para a decisão.